domingo, 9 de setembro de 2007

E se você fosse o artista?

Este é um exercício de percepção e de sensibilização do olhar, baseado na idéia de "deriva".
Foi desenvolvido com uma turma de 2º ano do 2º grau que visitou a mostra Três Fronteiras ontem, sábado dia 7.

A partir da visita à mostra Três Fronteiras, onde quatro artistas foram convidados a participar de um programa de residência na região da tríplice fronteira, o grupo é convidado a fazer uma deriva pelo Cais do Porto.

Primeiramente, o grupo deve ser dividido em grupos menores (máximo 4 pessoas por grupo). Em seguida, propõe-se ao grupo o seguinte exercício: se vocês fossem os artistas e estivessem participando de um programa de residência artística aqui, no Cais do Porto durante a Bienal do Mercosul, que elementos e/ou aspectos deste lugar e da vivência neste lugar vocês escolheriam para desenvolver um trabalho artístico?

É interessante, colocá-los na situação de algum dos artistas de 3F. Jaime Gili, por exemplo, encontrou nos letreiros artesanais e entre os motoqueiros da fronteira o material para formalizar o seu trabalho e apresentar a sua vivência aqui na Bienal; Daniel Boskhov encontrou em uma aldeia Guarani o sentido para a realização da vivência naquele lugar; Aníbal López viu no contrabando o assunto para o seu trabalho...

Procure instigar-lhes o olhar e a percepção para as coisas e objetos do lugar, para a paisagem do entorno, para a relação das pessoas com o lugar, enfim... Faça-os ver o lugar com um olhar poético que os ajude a encontrar um "assunto" que possa sucitar um trabalho artístico a partir da deriva pelo Cais.

Em segundo momento, os grupos podem pensar como seria este trabalho: o que vocês vão realizar e/ou como vão apresentar o assunto escolhido?
No fechamento, os grupos apresentarão o resultado da sua vivência para os demais e serão estimulados a trocarem impressões e percepções acerca da atividade e do que foi produzido.


Segue um poema criado no exercício de ontem:


A margem do lago

A neblina que cobre o lago,
o trem que não passa mais,
a solidão dos trilhos dos trens.

E as ondas que batem refletem

como pessoas que vão e vêm
na nossa vida.

Os barcos que passam
como pessoas que se distanciam
de nossas vidas.

Darlei, Ana Paula, Diego e Pricila
Escola Goçalves Ledo


Material: pranchetas, hidrocores e lápis.
A produção do grupo pode ser apresentada como texto, desenho, coleta, etc...


Montanha

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