sábado, 8 de setembro de 2007

a linha engessada


O José fez referência a uma fala minha, quando observava os desenhos criados numa das oficinas. Contei, então que costumo perguntar ,quando os alunos pedem régua para desenhar ,se já quebraram uma perna, se já precisaram das muletas e qual a sensação de não poder andar sem elas?

Da mesma forma, o traço do desenho fica engessado com a régua, fica duro, sem personalidade...a linha antes sonhadora e livre transforma-se em uma linha sem dono, sempre a mesma, qualquer um faz! Mas a linha livre, "sem muletas" , esta nasce da experiência com o lápis, com o papel, com todo um movimento da mão que traduz uma subjetividade!

Não as réguas!

Claro que se estou ensinando perspectiva, preciso desse instrumento...mas se estou trabalhando a expressividade do desenho, é o gesto que importa...e a linha é livre: forte, fraca, fina, grossa, rápida ,lenta, trêmula, firme...depende de cada um!

Pensem nisso!


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