terça-feira, 4 de setembro de 2007

uma obra, muitos papéis

Postando atrasado, oficina realizada em 03/09.
Foi bem massa!!

LOCAL: Espaço de Convivência do Zona Franca
DURAÇÃO: 30-40 min.
MEDIADORES: ANA LÍDIA, JAQUELINE, JOSÉ E TELMA
ESCOLA: Inácio Montanha (Azenha)
SÉRIE: 2º ano do Ensino Médio
QUANTIDADE DE ALUNOS: 15
ROTEIRO PERCORRIDO: Três Fronteiras e, parcialmente, Zona Franca


Os indivíduos se distribuem em quatro mesas, de maneira mais ou menos uniforme. A cada uma delas é atribuído um papel social, sorteado por um dos integrantes da mesa. Os papéis podem ser variados e, neste caso, foram escolhidos em função do roteiro que eles percorreram. Inicialmente, pensando na mostra Três Fronteiras, os papéis foram: GOVERNANTE, PUBLICITÁRIO, ÍNDIO NATIVO, TURISTA. Devido à informação de que eles visitaram a obra do Yoshua Okon, o papel GOVERNANTE foi trocado por POLICIAL.

Lê-se essa notícia (eventualmente ela terá que ser melhor explicada, grupo a grupo):

SÃO PAULO - A empresa colombiana Probación Cultural S/A, que na manhã de hoje adquiriu por R$ 1,19 bilhão o controle e uso de todas as obras da 6ª Bienal do Mercosul, situadas na Mostra Três Fronteiras, mais especificamente os trabalhos de Daniel Bozhkov, Minerva Cuevas, Jaime Gili e Aníbal Lopes, estuda a possibilidade de, no futuro, investir numa campanha que possa tornar esse tipo de negócio rentável, no Brasil. Segundo o diretor de estratégia corporativa internacional da companhia, Pablo Ramirez, a atividade "tem maior potencial de crescimento do que a transmissão de conhecimento". Mesmo assim, a empresa colombiana vai continuar investindo em escolas e cursos técnicos no Brasil, a fim de consolidar sua posição na América do Sul. O executivo adiantou que a companhia irá participar do próximo leilão de obras que será realizado em novembro. Segundo Ramirez, a empresa tem interesse em todas as produções locais que serão oferecidas no leilão.Sobre a compra, o executivo informou que os recursos são provenientes do caixa da companhia e de financiamentos em geral. Porém, não revelou a proporção em que o pagamento foi estruturado. Ramirez adiantou ainda que o principal agente cultural no Brasil será brasileiro, mas não anunciou seu nome.A companhia colombiana venceu o leilão das obras ao oferecer R$ 38,09 por lote de mil ações, um ágio de 57,98% em relação ao preço mínimo estabelecido, de R$ 24,11 por lote de mil ações.

Os grupos sociais são residentes no Brasil (ou estão no Brasil, no caso dos turistas) e devem discutir o que farão em relação à venda das obras. Em seguida são distribuídos materiais para que eles expressem o que discutiram e se apresenta para o grande grupo.

O resultado foi bastante satisfatório, pois em geral, houve bastante engajamento nos seus papéis, boas discussões. Os policiais, por exemplo, pensaram em pedir ajuda aos publicitários para fazer uma campanha que “elevasse a moral” da sua classe, que seria, com certeza, mal vista, após a exposição das suas imagens, na obra do Yoshua Okon. Os publicitários aproveitariam a situação para se associar à empresa compradora e se associariam à Bienal. Os turistas fariam um protesto na sede da empresa, requisitando as “suas obras” de volta. É interessante notar como os índios foram os que tiveram uma produção de desenhos mais intensa. Uma das meninas, representando o grupo, falou na indignação que seria a venda da mostra. “Vamos ficar quietos nas nossas ocas. Isso não nos beneficiaria em nada.”

José
Espaço Educativo - Cais

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